28 de setembro de 2010



O coração dos aflitos pipoca dentro do peito.

O tempo passa e as coisas deixam de ser tão relevantes, não é o tempo, é sua cabeça que muda. É tão bom quando você não teme nada, por não esconder nada de ninguém... A um ano atrás eu dava tanta importância para coisas fúteis que é ate engraçado quando penso nelas hoje " que se foda, não to nem ai!"
Realmente, eu não posso falar muito, não sei dar valor aos meus estudos, ser obediente, nem religiosa... Mas eu sei dar valor a coisas que as pessoas julgam ser bobeira, ninguém ta nem ai pra isso, e quando eu falo elas acham que eu tô delirando... Mas eu não importo a minha felicidade é garantida, porque quem dita as regras do meu jogo sou eu!


21 de setembro de 2010




Quem tem medo do futuro Vira escravo do presente.

É tão chato quando você é só mais um na multidão, você não se destaca, é só mais um, gostando das mesmas coisas idiotas, suas opiniões emprestadas, plagiadas, quem se importa? Todo mundo se importa é com a vida do outro, com o próximo capitulo da novela, em ser o "melhor" qual é a graça? Alguém me diz! Qual a graça? Certa vez, eu estava com o meu pai numa loja de equipamentos para camping, meu pai sempre comprou ali, já faz anos... O dono da loja era um senhor já de idade e ele tinha uma mulher do cabelo em pé do semblante emburrado, estava sempre reclamando com o marido, sempre. Quando saímos da loja, meu pai me disse: _ Esse homem tem essa loja há 20 anos, ele esta sempre me dizendo que vai acampar, mas ele nunca acampou na vida, e tem uma loja de equipamentos de camping! Há 20 anos!
Aposto que o homem se julgava feliz, mas ele nunca conheceu a felicidade, nunca viu o sol nascendo de forma tão bela, e dormiu entre a natureza sem ser perturbado, como ele pode ser feliz e não conheceu tal felicidade? Me diz, qual a graça... O pobre homem deu tanta importância em acumular bens, ele nunca teve um tempo para viajar, não teve nenhuma folga, 20 anos e ele nunca acampou. De que adiantou tanto esforço?

Eu vejo as pessoas fazendo planos, desejando ter o melhor carro, no melhor bairro, na melhor casa, mais e mais dinheiro e julgam isso como uma felicidade. E quando você morre nada disso vai com você... E então, qual é a graça?

20 de setembro de 2010


Hoje eu to com vontade de xingar as pessoas que estão passando na rua, de gritar até ficar sem ar, de quebrar a parede do meu quarto de andar de bicicleta na lama, tomar banho de chuva, jogar coisas pela janela, de dançar, de ouvir alguem dizer que sente minha falta, de dar um tiro de metralhadora no presidente, de não fazer parte da sociedade, de acabar com o capitalismo, de matar a sede das pessoas do nordeste. Vontade de fazer coisas absurdas sem que ninguém entenda, de dizer a algumas pessoas o quanto é ridículo ter vergonha de ser elas mesmas, o quanto é chato imitar as pessoas. Apenas, vontades.

2 de setembro de 2010



Possuo desejo de domínio. Desejo de amor. Desejo de brigas seguidas de reconciliações. Desejo de ter, de esquecer, de fazer. Desejo de Maçã.


Desejos que quando vêm, são pra ficar até que sejam realizados, mas não devem ser, então nunca me liberto deles. Quero, preciso, anseio ter o domínio de algo, ou ALGUÉM. Pra ser sincera, quero ter o domínio sobre você e a sua vidinha medíocre, mas que tanto me chama e atrai. Ter o domínio sobre sua respiração e sua mente, que possui apenas o desconhecido, além de mim, porque sei que estou nela. Dominar seus passos seu cheiro e suas atitudes também seria bom. Mudar você por completo: seu jeito de falar, de rir, agir, comer, viver, ser.

Mas se sua vidinha fosse algo a mais do que pura mediocridade, sua mente possuísse o conhecido, e se eu soubesse o rumo de seus passos e o resultado de suas atitudes, você seria previsível. O que particularmente não me atrai. Me atrai o inesperado, a surpresa, o mistério, a não-rotina, o proibido, a maçã.

Então, pensando bem, não quero, não preciso e nem anseio ter o domínio sobre voçê. Apenas quero não saber nunca o que querer, apenas desejo desejar meu fruto, meu proibido: MEU VOCÊ.

Hoje eu acordei com vontade de maçã.


Pâmela Francis